sexta-feira, 20 de abril de 2012

Vidas Cruzadas




Sentimentos parecidos
sofrimentos em comum;
Enganos, desilusões e agora a solidão.
Parece que nossos destinos estão traçados;
Não tem como fugir.

Poema do DEUS Divino





O Deus que é a Perfeição, e que ora eu tento
Cantar em Versos de sinceridade,
Eu nunca o vi, como em nenhum momento
Vi eu o vento ou a eletricidade.

Mas esse Deus, que é o meu eterno alento,
Deus de Amor, de Justiça e de Bondade,
Eu, que o não vejo, eu o sinto de verdade,
Como à eletricidade, como ao vento.

E o sinto na ânsia purificadora,
Na manifestação renovadora
Do Belo, da Pureza, da Afeição.

Com Ele falo em preces inefáveis,
Envolto em vibrações inenarráveis,
Que me trazem clarões da Perfeição.

Pois creio é nesse Deus imarcescível
Que ampara a Humanidade imperfeitíssima:
Deus de uma Perfeição inacessível
À humana indagação falibilíssima.

Bondade — que os pecados não consomem —
Do Espirito Divino aos filhos seus:
Deus sempre desce até seu filho, o homem,
Quando o homem sobe até seu Pai, que é Deus!





Alziro Zarur

O caminho da vida...



O caminho da vida pode ser o da

liberdade e da beleza, porém nos

extraviamos.
A cobiça envenou a alma dos
homens... levantou no mundo as
muralhas do ódios... e tem-nos feito
marchar a passo de ganso para a
miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas
nos sentimos enclausurados dentro
dela. A máquina, que produz
abundância, tem-nos deixado em
penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos
céticos; nossa inteligência,
empedernidos e cruéis. Pensamos em
demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos
de humanidade. Mais do que de
inteligência, precisamos de afeição e
doçura. Sem essas virtudes, a vida
será de violência e tudo será perdido.




Charles Chaplin

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ternura



Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor

seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.




Vinícius de Morais